José Pedretti Neto nasceu em Botucatu em 12 de julho de 1920, filho de Edith Maria Varoli Pedretti e Nelo Carlos Pedretti.
Seu pai e avós (paternos e maternos) eram naturais da pequena Pontremoli, circundada pelos vales dos rios Verde, Magra e Gordana, nas encostas dos Apeninos, no Norte da Toscana.
Passou sua infância na Rua Curuzu, antiga Rua das Flores. Foi lá, no convício da família, que aprendeu sua segunda língua, o italiano, e leu seus primeiros livros.
Iniciou seus estudos na Scuola Italiana Dante Alighieri. Posteriormente, cursou a antiga Escola Normal, sendo aluno do Primeiro Anexo, do Ginário e do Curso de Normalistas, formando-se professor em 1939.
Foi casado com Lola Peres Pedretti, com quem teve três filhos: Luiz José, Elisabeth Maria e Pedretti Júnior.
José Pedretti Neto faleceu em Botucatu, aos 4 de maio de 1968.
Em 29 de março de 2001, o Convivium – “Espaço Cultural Francisco Marins” prestou significativa homenagem a Pedretti Neto, por ter projetado o nome de Botucatu na área educacional, entregando à sua família o troféu A Flor Roxa de Taquara-Póca.
Jornalista
Pedretti Neto foi, antes de tudo, jornalista. Começou nessa carreira aos 14 anos, aprendendo a arte tipográfica no jornal do próprio pai: Jornal de Notícias. Ele trabalhou no Jornal de Botucatu, no Correio de Botucatu e na Gazeta de Botucatu. Entretanto, foi na Folha de Botucatu que seu talento jornalístico foi aprimorado pelo diretor do jornal e amigo, Pedro Chiarardia.
Ainda como jornalista, foi correspondente, por vinte anos (1948-1968), do jornal O Estado de São Paulo, para o qual escreveu inúmeras crônicas e reportagens. Foi vencedor, por diversas vezes, de concursos literários e fotográficos promovidos por aquele matutino, com a apresentação, entre outras, das crônicas A tomada de Porta Pia (1948), Botucatu e a... Inglaterra (1952) e Rinha, galos e “galistas” de Botucatu (1952) e da foto Piscina de pobre (1958).
Em 28 de abril de 1965, recebeu do Governo do Estado de São Paulo a comenda “Vital Brazil”, pelos estudos e pesquisas realizados sobre o grande cientista e pelas crônicas publicadas n’O Estado de São Paulo (1950 e 1962) e n’A Gazeta de Botucatu (1964).
Publicou artigos e prestou sua colaboração aos jornais Fanfulla, A Cidade, de Ribeirão Preto, e A Voz do Povo, de Presidente Prudente, entre outros.
Educador
Formado pela antiga Escola Normal de Botucatu, foi lá que iniciou sua carreira de professor em 1942, lecionando História Geral e História do Brasil. Em 1947, tornou-se professor da cadeira de Educação, na qual foi efetivado, mediante concurso, em 1949. De 1959 a 1964 foi diretor daquela escola.
Lecionou História do Comércio no antigo Ginásio Nossa Senhora de Lourdes, atual Colégio La Salle, e Psicologia e Filosofia no Instituto Santa Marcelina, em Botucatu. Foi também professor de Metodologia do Ensino, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras “Emílio Pedutti”.
O Governo do Estado de São Paulo, em reconhecimento à plena dedicação de Pedretti no exercício das atividades de professor e educador, criou em Botucatu, em 26 de março de 1969, a Escola Estadual de 1º Grau “Professor José Pedretti Neto”.
Escritor
A produção literária de José Pedretti Neto consiste de poesias, crônicas, discursos, artigos, traduções, livros e biografias. Pela vasta obra literária que deixou, Pedretti Neto tornou-se patrono da cadeira nº 23 da Academia Botucatuense de Letras. |