O brasão histórico de
Botucatu,
que veio com
o Centenário
Faltava um Brasão. O
Prefeito
Peduti, então, foi buscar pelos homens que poderiam construir alguma
coisa
baseada na nossa história. Apelou ao jovem Hernâni Donato, que estava
preparando, já, o seu primeiro livro de História local. E logo surgiu
uma
idéia, depois outra, palpites aqui e ali. É de Hernâni a concepção
intelectual e, por ele foi descrito:
"Escudo
redondo português, encimado pela coroa mural da municipalidade,
dividido em
dois quartéis, sendo o primeiro cortado. No primeiro quartel, na parte
dextra,
em sinople, três montanhas heráldicas, cortadas do leste para o oeste
geográficos por um caminho em ascensão e ao sopé das montanhas uma
capela
rústica encimada por uma cruz. No primeiro quartel, na parte da
senestra, em
blau, da esquerda para a direita um sol e uma estrela sobre dois rios
paralelos.
No segundo quartel, um livro, um báculo e um arado manual. Na coroa, um
escudete, um fuso ensinado pelo seu significado de atividade
matriarcal, o orago
da cidade. Como suportes, à dextra, um ramo de café frutado em goles, à
senextra um ramo florido de algodão em cor natural. No listel, em
letras de
ouro sobre sinople a palavra "Botucatu".
Faltava alguém que desse
corpo às idéias. E Hernâni foi atrás do mais
talentoso dos desenhistas da época. O Professor Gastão Dal Farra, da
Industrial, folclorista e artista da prosa, não pestanejou. Foi dele a
concepção da figura. Os Botucatuenses acharam magnífico. Ali estava
tudo o
que a cidade era ou queria ser considerada: berço do trabalho, da
religião e
da cultura. Ponto final.
Este escudo durou quase 25
anos. Foi instituído por lei n. 273, de 28 de
agosto de 52. Foi extinto e substituído em 1978. Este segundo, também,
não
durou muito. Foi logo substituído por outro, o atual, em 1983.
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